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O Jazz Está Morrendo?

As pessoas gostam de decretar a morte de gêneros musicais a partir do momento em que eles não fazem mais parte do mainstream. Quem nunca ouviu de um rockeiro saudosista a clássica frase “o rock está morrendo”? Com o Jazz é a mesma coisa - ou até pior. A preguiça por buscar novos talentos cria no imaginário das pessoas a ideia de que determinado gênero musical está em extinção, quando na verdade ele segue vivíssimo e há fortes evidências disso.

Louis Armstrong Jazz
Louis Armstrong

O Jazz ao longo do tempo e seus estilos

O Jazz é um estilo musical difícil de enquadrar em uma única categoria devido à sua grande versatilidade. O gênero permite muitas variações, a prova disso são as inúmeras categorias existentes, como Big Band Jazz, Jazz Fusion, Swing, Smooth Jazz, Gypsy, Jazz-Funk, Modal Jazz e até mesmo a Bossa nova pode ser enquadrada como uma vertente.


O nome “Jazz” só foi instituído na década de 1920, em New Orleans, mas o gênero já era conhecido desde a segunda metade do século XIX, absorvendo elementos do Blues e do Gospel. Uma expressão artística exclusivamente afro-americana, em um contexto de segregação e sofrimento no período de escravidão nos Estados Unidos.


No século XX, a evolução do Jazz foi do tradicional, o Dixieland, passando pelo Swing, Bepop, Cool Jazz, Modal Jazz… Influenciando bastante as baladas populares de Bing Crosby, Frank Sinatra e Dean Martin que, apesar de não serem cantores estritamente de Jazz, trabalharam em colaboração com músicos da área e absorveram muitos elementos do gênero.

Duke Ellington Jazz
Imagem: Duke Ellington (Reprodução/Texas Public Radio)

Exemplos contemporâneos

Hoje em dia, o fácil acesso à informação permitiu que surgissem artistas e bandas dos mais variados tipos de Jazz, desde o clássico até um mais contemporâneo com elementos eletrônicos e de hip-hop, por exemplo. Além disso, a informação democratizada formou artistas deste gênero vindos de todos os cantos do mundo. Bandas como Lake Street Dive, The Hot Sardines, Postmodern Jukebox, Anat Cohen Quartet são exemplos de Jazz feito nos dias atuais. Também temos Wynton Marsalis (trompetista), Ari Hoenig (Baterista) Bria Skonberg (Trompetista e Cantora) e Amaro Freitas, um excelente pianista brasileiro. Todos estes citados são exemplos de uma grande geração que faz um bom Jazz nos dias atuais. Seria possível passar um dia inteiro listando vários nomes contemporâneos.


Postmodern Jukebox
Imagem: Postmodern Jukebox (Reprodução/The Boston Globe)

Festivais e escolas

As melhores provas de que o Jazz é um estilo bastante vivo, são os festivais realizados ao redor do mundo e as renomadas escolas que seguem formando grandes talentos.


Nos festivais, temos o The Copenhagen Jazz Festival (Dinamarca), Java Jazz Festival (Indonesia), Montreal International Jazz Festival (Canadá), The Clearwater Jazz Holiday (Estados Unidos), Blue Jazz Brasil Festival (Brasil). São muitos! Ainda têm outros nos Estados Unidos, Espanha, Austrália, Suíça…


Além das grandes escolas americanas como The New School, Manhattan School of Music, New England Conservatory e Eastman School of Music. São algumas das grandes escolas de música estadunidenses que recebem alunos de todo o mundo e produzem nomes de alto calibre.


Com todas estas menções, é claro que o Jazz está longe de ser um gênero morto ou que respira por aparelhos como muitos dizem por aí. Músicos incríveis perpetuam “a palavra do Jazz” pelo mundo atualmente fazendo um grande trabalho. Aqui no Virando O Disco, você terá acesso a conteúdos sobre muitos deles, siga o blog no Instagram para ficar por dentro de tudo. VIDA LONGA AO JAZZ!


Referências:

Lake Street Dive:



Anat Cohen Quartet:



Bria Skonberg:



Amaro Freitas:


Jazzfuel.com, Jazzobserver.com, Newyorktimes.com, Wikipedia, Greatertorontomusic.com e Treesidemusicacademy.com


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